Hérnia de disco
A coluna vertebral tem como função a sustentação da parte superior do corpo e proteção dos nervos que, vindos do encéfalo, passam em seu interior e se ramificam pelo corpo. Ela se divide em três partes: cervical, torácica (dorsal) e lombar. Possui um disco cartilaginoso entre cada uma de suas vértebras que serve para amortecer a pressão causada por andarmos em posição ereta e possibilitar a mobilidade.
Com o passar dos anos, esses discos cartilaginosos vão envelhecendo, perdendo sua hidratação e, com isso, diminuindo de espessura. Esse processo enfraquece sua camada mais externa possibilitando seu rompimento e extravasamento de parte do seu interior. Esse é o principal mecanismo de formação das hérnias de disco, que podem ocorrer em qualquer segmento da coluna.
A fraqueza muscular que faz com que seja difícil manter a postura retilínea aliada aos maus hábitos posturais na hora de levantar peso são duas causas do processo de formação da herniação.
Classificação quanto à gravidade
Projeto Especial Saúde Mais – Foto: Divulgação/ND
As herniações podem ser classificadas em três tipos:
protusa: deformação do disco intervertebral mantendo a integridade da parte externa;
extrusa: rompimento do disco cartilaginoso externo e escape do núcleo;
sequestrada: a parte vazada do núcleo se infiltra no canal medular.
Sintomas
A intensidade dos sintomas se dará de acordo com o estágio de gravidade, evoluindo da ausência de dor, leve incômodo, formigamento e dor irradiada nos membros que recebem a inervação pressionada, até uma dor insuportável quando há contato do conteúdo gelatinoso com o feixe de nervos.
Veja os números sobre a hérnia de disco
95% das pessoas que sofrem com a hérnia de disco não precisam realizar cirurgia na coluna vertebral, podendo tratar com método não invasivo.
13% das consultas médicas envolvem dores na coluna.
15% da população mundial sofre com a hérnia de disco.
70% da população brasileira com mais de 40 anos sofre de algum tipo de problema na coluna.
Essa doença é a 3ª causa de aposentadoria precoce, as dores nas costas são também o 2° principal motivo das pessoas que tiram licença no trabalho. (Leitura complementar: Tempo de afastamento por hérnia de disco)
Mais de 6 milhões de brasileiros sofrem com a doença e é a 2ª maior causa de afastamento do trabalho, ficando atrás apenas das doenças cardíacas.
Pessoas com faixa etária de 25-45 anos apresentam o maior índice de casos de hérnia de disco.
(https://www.itcvertebral.com.br/hernia-de-disco/)
Diagnóstico
O diagnóstico de hérnia de disco pode ser feito clinicamente, observando os sintomas relatados e os testes físicos realizados no momento da consulta. Exames de imagem como radiografias, ressonâncias magnéticas e tomografias servem como apoio para avaliar a gravidade e direcionar o tratamento.
Ressonância magnética da coluna no plano sagital mostrando
hérnia de disco (seta maior) comprimindo as raízes neurais
no canal vertebral. Notam-se ainda outras pequenas hérnias
(setas menores)
Foto retirada da internet
Tratamento
A melhor forma de prevenir esse tipo de patologia é com a prática de atividade física, afastando o sedentarismo, não permanecer sentado por longos períodos e manter o peso adequado a sua estatura. Nos momentos de crise é importante manter repouso, uso de anti-inflamatórios e analgésicos prescritos pelo médico. Após essa fase o quadro responde bem à fisioterapia e RPG. Os casos mais graves, onde não há melhora, são tratados cirurgicamente, onde é removida a parte extrusada da hérnia.
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